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QUINTA DE S.CLÁUDIO - 2006-01-13

 

O seu conjunto Solo-Exposição-Casta Loureiro definem um verdadeiro “cru”.

Eng. Agrónomo Amândio Galhano

Breve Historial
A Quinta de S. Cláudio situa-se na sub-região do Cávado, no Noroeste de Portugal, na freguesia mais interior do concelho de Esposende, denominada Curvos. Esta povoação, cujo padroeiro é São Cláudio, vem mencionada nas Inquirições do ano de 1258. Nesse documento histórico refere-se a obrigação que pendia sobre os habitantes da região, de ir fazer a ramada al Rey a Curvos. Assim, datam do século XIII as primeiras referências ao cultivo da vinha neste local. Para além de terras reguengas, o rei D. Afonso III possuía em Curvos uma habitação onde pousava quando por lá passava. Mais tarde, facilmente são encontrados documentos que atestam a importância desta povoação como produtora de vinhos e laranjas, sendo de destacar a carta vitícola de Portugal, de finais do século XIX, elaborada pelos serviços oficiais encarregues de avaliar o avanço da filoxera, mostrando nesta localidade uma mancha de elevada concentração vitícola.

No início do século XX, Alfredo Pereira da Costa Lima, grande proprietário minhoto – cujo património fundiário totalizava cerca de 180 há, arroteou e armou em pequenos socalcos, uma mata de eucaliptos e pinheiros; foram levantados muros de pedra seca com 6 metros de altura, e carrejadas toneladas de terra para aterro, à custa da força braçal de trabalhadores locais. A Quinta de S. Cláudio adquiria a fisionomia que hoje ostenta.

Em 31 de Março de 1949, sua filha Maria do Carmo do Vale Azevedo Lima contrai matrimónio com António José da Costa Leme, oriundo de família nobre, bisneto do barão de Esposende, cuja história familiar se cruza com a história de Esposende.

Vão constituir numerosa prole, oito filhos, um lar grande. O António que tinha estudado Agronomia, vai dirigir o Grémio da Lavoura de Esposende. Mais tarde, é nomeado Presidente da Câmara de Esposende, cargo que exerce durante doze anos. A destacar da sua acção autárquica, a criação da Zona de Turismo de Esposende. Depois é nomeado Presidente da Comissão Executiva da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes. Líder da Região dos Vinhos Verdes, entusiasma-se com o potencial de produção vitivinícola dos terrenos pertencentes  a sua mulher, Maria do Carmo.

Em 1960, o casal Costa Leme, iniciou um processo de modernização e especialização vitivinícola, com a adopção de novos sistemas de condução da vinha, equipamento de adega e seu redimensionamento, culminando com o engarrafamento da sua exclusiva produção, na vindima de 1963, sob a marca registada Quinta de S. Cláudio. Tratou-se de algo de inovador para a época, assumindo tal iniciativa um exemplo a seguir, mais tarde, por muitos viticultores da região. Pioneiros do Vinho de Quinta, elaboraram um vinho praticamente estreme da casta Loureiro, apostando fortemente nesta casta, que na época ainda não havia conquistado, junto dos técnicos e especialistas, o mérito que hoje se lhe reconhece.  Contaram com o apoio técnico de dois muito competentes Engenheiros Agrónomos, o Sr. Eng. Amândio Galhano (Enologia) e o Sr. Eng. Artur Pinho (Vinha), figuras marcantes e decisivas na história vitivinícola da região.

A Vitivinicultura
O encepamento é dominado pela casta Loureiro e secundariamente pela Trajadura, Alvarinho, Arinto e Batoca. Actualmente, com 4,3 ha de superfície vitícola, as vinhas estão implantadas em solos graníticos saibrentos, pobres, medianamente  ácidos, com elevada percentagem de material grosseiro, de cor castanha e muito bem drenados. O sistema de condução é o cordão unilateral ascendente, com poda tipo Cazenave, obtendo-se baixos rendimentos de produção, entre 40 e 60 hl por ha.

A sua privilegiada situação topográfica - distando escassos 5 quilómetros do oceano Atlântico -, beneficia da orientação N-S da cordilheira montanhosa do Faro, barreira natural que a protege da penetração da humidade marítima, formando o terreno uma concha virada a Sul e Nascente, com uma muito favorável exposição solar e uma óptima altitude.

Em 1997 a exploração adoptou o modo de Protecção Integrada e desde 2002 o modo de Produção Integrada em Vinha, visando dar um forte contributo para a preservação do ambiente e para a obtenção de vinhos não só mais saborosos como isentos de resíduos de fitofármacos, preservando a saúde do consumidor.

Na opinião de reconhecidos experts, o Quinta de S. Cláudio é uma referência de prestígio no seio dos vinhos brancos portugueses. Sendo um pioneiro dos Vinhos de Quinta em Portugal, tem sido reconhecido pela crítica como um dos mais consistentes vinhos da região, ano após ano. O Quinta de S. Cláudio mereceu do Prof. Amerine, da Universidade de Davis, Califórnia, os mais rasgados elogios, superando em sua opinião afamados vinhos europeus. Foi distinguido em vários concursos, nomeadamente, com medalhas de ouro nos Concursos Nacionais de Vinhos Engarrafados de 1969 e 1977, com 1º lugar nos Concursos organizados pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, de 1983 e de 1987. Em 1997 obteve o 1º lugar no concurso anual organizado pelo Rotary Club de Vila Verde. No ano 2000 alcançou um 2º lugar no 1º Grande Concurso Nacional de Produtores-Engarrafadores do Clube do Vinho, em Lisboa. As duas últimas colheitas seleccionadas foram consideradas Melhor Compra pela conceituada Revista de Vinhos.

Hoje, os filhos do casal Costa Leme – a terceira geração- continuam com a produção e engarrafamento do vinho da quinta, conservando a exploração todo o seu cariz familiar. Para eles, o Quinta de S. Cláudio, mais do que um vinho, é a marca de um legado que, orgulhosamente, sentem a obrigação de transmitir aos vindouros.

Vinho Branco
Quinta de S. Cláudio–Colheita Seleccionada 2004

Ficha técnica

Origem: Produção exclusiva das vinhas (4,3 ha) da Quinta de S. Cláudio na Região Demarcada dos Vinhos Verdes
Vinificação: Desengace, prensagem pneumática, decantação estática,
Fermentação: a 18 ºC, fermentação maloláctica parcial e ligeiro envolvimento das borras finas
Designativo de qualidade: Colheita Seleccionada
Teor alcoólico: 12,3 %
Acidez fixa: 6,9 g/l (em ácido tartárico)
Acidez volátil: 0,21 g/l (em ácido acético)
pH: 3,10
Anidrido sulfuroso livre: 37 mg/l
Anidrido sulfuroso total: 107 mg/l
Temperatura de serviço: 8-10 ºC
Quantidade: 15.500 garrafas

A consumir acompanhando marisco cozido, pratos de peixe do mar como por exemplo robalo, pescada, goraz e polvo de preferência grelhados ou assados, carnes de capoeira (frango do campo assado) e queijos de pasta mole tipo Camembert.

 

Caracterização sensorial do vinho:

Vista: límpido, cor citrina, bolha muito fina de gás natural;

Olfacto: aroma pronunciado, elegante, floral ( lembrando a frésia e a rosa ) e ligeiramente frutado ( notas de frutos citrinos, tropicais e frutos secos );

Sabor: equilibrado, fresco, com carácter frutado bem marcado e persistente ;

Vinho predominantemente da casta Loureiro, a consumir até 2-3 anos após a colheita.

Responsável pela Viticultura: Paulo Costa Leme
Responsável pela Enologia: João Costa Leme

Contacto: João Costa Leme          
Telefone/fax 253 961 163
Telemóvel 96 406 71 32

Quinta de S. Cláudio - Curvos
4740 – 183 Curvos Esposende

Venda directa na quinta





                                                       









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